‘Porque buscais entre os mortos Aquele que vive?’

túmulo vazio

Para mim, irmãos, ‘viver é Cristo e morrer é lucro’ (Fil 1,21). Irei, pois, para a Galileia, para o monte que Jesus nos indicou (Mt 28,16). Vê-l'O-ei e adorá-l'O-ei antes de morrer, para não mais morrer depois; porque ‘todo aquele que vê o Filho e acredita n'Ele tem a vida eterna’: ‘ainda que esteja morto, viverá’ (Jo 6,40; 11,25).
Agora, irmãos, em que é que a alegria do vosso coração é uma prova do vosso amor a Cristo? Por mim, eis o que penso: se chegastes um dia a amar Jesus, vivo, morto ou volvido à vida, neste dia em que os mensageiros proclamam a Sua ressurreição na Igreja, o vosso coração exulta e exclama: ‘Trouxeram-me esta notícia: Jesus, meu Deus, vive! E a esta notícia, o meu coração, que estava entorpecido de dor, que definhava de desânimo e estava prestes a sucumbir ao desespero, o meu coração recobrou vida.’ Com efeito, o som desta alegre mensagem reanima os pecadores que jaziam na morte. Sem ela, não nos restaria senão desesperar e enterrar no esquecimento aqueles que Jesus, subindo dos infernos, teria deixado no abismo.
Mas tu reconhecerás que o teu espírito retomou plenamente vida em Cristo se puderes dizer do fundo do coração: ‘Se Jesus vive, isso me basta! Se Ele vive, eu vivo, porque a minha vida depende d'Ele. Mais ainda, Ele é a minha vida, Ele é meu tudo. Que pode então faltar-me se Jesus vive? Mesmo que tudo o resto me faltasse, isso não teria nenhuma importância para mim, desde que Jesus esteja vivo!’

(Guerric d'Igny)

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