O crucifixo

Crucifixo (1) (1)

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Na grande avançada para o céu, sem ele, sem o sinal da cruz, não sabe a Igreja dar um passo, iniciar uma única cerimônia, esboçar uma bênção sequer. 

  Ó meu crucifixo! Pobre e humilde, banhado das minhas lágrimas na amorável penumbra de uma cela, como brilhas tu, iluminando-nos a vida e a morte, o sofrimento e o prazer, a terra e o céu, o tempo e a eternidade!

(…)

Levei-te aos lábios, cheguei-te ao coração. E ouvi, uma por uma, impressas em tuas chagas, todas as palavras dos livros sagrados. E cada palavra que te caiu dos lábios me foi direta ao coração como um dardo de fogo, desse fogo do Espírito Santo que, desde o meu batismo, permanece latente em minha alma pecadora. E eu disse: também eu te amo, também eu quero amar-te de todas as minhas forças. Tu me ensinas como e até quando ser-me-á  preciso amar o meu próximo. "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" - me dizes tu. Mandamento difícil e humilhante. Se se tratasse de fazer bem aos que fizeram bem - fácil e deleitoso me seria o cumprir a tua vontade, pois ela encontraria eco dentro em meu próprio coração. Mas, tu queres que eu perdoe aos que me fizeram mal, não somente que lhes perdoe, mas que os ame ainda como tu mesmo nos amaste. E eu vi as tuas chagas, contemplei-te as mãos e os pés traspassados de duros cravos, a cabeça coroada de espinhos, os braços abertos em atitude de perdão. E eu disse e repito, inteiramente rendido aos argumentos do teu amor: sim, ó meu Jesus, perdoo-lhes por amor de ti, perdoo-lhes porque mais gravemente tenho te ofendido que eles a mim.

(Leia o texto completo no original: Blog Via-Veritas-Vita)

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