O Paráclito

“O Espírito Santo, torna-nos filhos e filhas de Deus. Ele compromete-nos nesta mesma
responsabilidade de Deus pelo seu mundo, pela humanidade inteira. Ensina-nos a contemplar o mundo, o próximo e nós mesmos com os olhos de Deus. Nós realizamos o bem não como escravos, que não são livres de agir de outra forma, mas fazemo-lo porque temos pessoalmente a responsabilidade pelo mundo; porque amamos a verdade e o bem, porque amamos o próprio Deus e portanto também as suas criaturas. Esta é a liberdade verdadeira, para a qual o Espírito Santo nos quer conduzir¹”

“O Paráclito, primeiro dom concedido aos crentes, ativo já na criação, está presente em plenitude na vida inteira do Verbo encarnado: com efeito, Jesus Cristo é concebido no seio da Virgem Maria por obra do Espírito Santo; no início da sua missão pública, nas margens do Jordão, vê-O descer sobre Si em forma de pomba; neste mesmo Espírito, age, fala e exulta; e é n'Ele que Jesus pode oferecer-Se a Si mesmo. No chamado «discurso de despedida» referido por João, Jesus põe claramente em relação o dom da sua vida no mistério pascal com o dom do Espírito aos Seus. Depois de ressuscitado, trazendo na sua carne os sinais da paixão, pode derramar o Espírito, tornando os seus discípulos participantes da mesma missão d'Ele. Em seguida, será o Espírito que ensina aos discípulos todas as coisas, recordando-lhes tudo o que Cristo tinha dito, porque compete a Ele, enquanto Espírito da verdade, introduzir os discípulos na verdade total. Segundo narram os Atos, o Espírito desce sobre os Apóstolos reunidos em oração com Maria no dia de Pentecostes, e impele-os para a missão de anunciar a boa nova a todos os povos. Portanto, é em virtude da ação do Espírito que o próprio Cristo continua presente e ativo na sua Igreja, a partir do seu centro vital que é a Eucaristia²”

(Papa Bento XVI – 1 - HOMILIA NA VIGÍLIA DE PENTECOSTES Sábado, 3 de Junho de 2006; 2 - EXORTAÇÃO APOSTÓLICA SACRAMENTUM CARITATIS, 12)

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